domingo, 23 de março de 2008

ABRAÇAR ABRAÇANDO

O corre-corre da vida moderna produziu mudanças até na maneira de cumprimentar nossos entes queridos.
Estamos falando mais e sentindo menos.
Precisamos compartilhar verbalmente e esquecemos da riqueza do silêncio e do quanto pode ser dito e compreendido a partir daí.
Tenho como sugestão o resgate do abraço.
Abraço afetuoso, prazeroso, descompromissado com o fazer e altamente envolvido com o sentir, com o estar presente.
A idéia de abraçar abraçando é de que neste momento não existe nenhum outro lugar para se estar, senão aqui.
Não existe mais nada a fazer, senão abraçar.
E nessa totalidade, somos testemunhas do Divino em nossa vida.
Experimente trazer para perto do peito as pessoas que você gosta, que você tem afinidade.
Os corações se encontram e a gente sente um calorzinho gostoso, aconchegante.
A respiração aprofunda e um suspiro pode aparecer, um som, um gemido.
São os corpos relaxando.
É importante que o abraço seja suave. Não há necessidade de abandonar o peso do corpo em cima do outro.
Permanecemos em nós mesmos e essa sensação de habitar o próprio corpo é muito rica.
Observe-se e não tenha medo do prazer.
Não precisa sufocar o parceiro (a) num abraço do tipo "quebra-costelas", como se quiséssemos segurar o momento para sempre. Tudo é impermanente e este estado também vai passar, portanto aproveite o agora.
DEIXE ACONTECER !!!!!

Um comentário:

Adriana Roos disse...

Amei!
Vamos fazer!


Desde que namoramos meu marido sempre foi mais adepto do abraço, e eu do beijo.
Hoje, abraçamos tao pouco um ao outro, aos nossos pais, irmaos e irmas, enfim, até os filhos.
Beijamo-nos superficialmente depois de dez anos de casados, como se vê em muitos casos.
Vou resgatar ao menos o abraço profundo, sentir o calor, sentir o bater do coração!

Abraços